Oie mães e filhas
Quando compramos um bem com valor alto temos o costume de ficar receosos em perdê-lo.
Pensando nisso, o mercado nos oferece o contato de seguro.
Em definição, ele é uma garantia de indenização pela perda de um bem ou pessoa mediante o pagamento de um prêmio específico.
Infelizmente, está se tornando cada dia mais difícil contratar esta garantia, pois os custos estão muito altos.
Eu vendi seguro, por 12 anos, mas hoje não tenho coragem de comprar.
Há vários tipos de seguros, como: automóvel, vida, saúde, incêndio residencial e empresarial, transporte e outros.
O mais vendido é o de automóvel, onde é oferecido algumas coberturas:
- Para o veículo segurado:
- colisão/ incêndio/ roubo em caso de perda parcial ou total,
- acidentes pessoais a passageiros, em caso de morte ou invalidez (total ou parcial),
- danos morais,
- guincho,
- danos a vidros.
- Para terceiros:
- danos materiais a terceiros,
- danos pessoais a terceiros.
Na cobertura colisão/ incêndio/ roubo é cobrada uma franquia, que nada mais é que um valor mínimo que o segurado deve arcar, com exceção de uma perda total do veículo.
Em minha visão, este tem sido o grande problema em adquirir uma apólice de seguro.
O valor cobrado nas franquias, antigamente, era para evitar que o segurado abrisse um aviso de sinistro a cada batidinha simples. Atualmente, é para seguradora não pagar um sinistro.
Tenho um exemplo, comprei um carro, há quase dois anos e fiz seguro para ele.
Ouve um acidente e fui numa oficina credenciada pela seguradora para fazer um orçamento de serviços de funilaria, que ficou em R$ 4.000,00.
Minha franquia era de R$ 2.000,00, ou seja, teria que bancar a metade do conserto do carro. Não se esqueça que tive que pagar o prêmio na contratação da apólice, de aproximadamente R$ 1.500,00.
Eu e meu marido resolvemos fazer orçamento em uma funilaria independente para ter uma noção melhor de preço, pois achamos o valor muito alto em relação ao dano causado no veículo (lateral esquerda dianteira).
Para nossa surpresa, a funilaria cobrou R$ 800,00, já com a troca de uma lanterna que não tinha reparo.
Resumindo, paguei o seguro e paguei o conserto do carro. Não preciso falar que no vencimento, não renovei a apólice. Resolvemos ficar por nossa conta e risco. Por enquanto, estamos no lucro.
Entendo que há muitos veículos em circulação nas ruas e que o risco de uma colisão é grande, mas não acredito que justifique o valor dos prêmios praticados muito menos das franquias cobradas.
Dá a entender que só a elite terá condições em adquirir este tipo de contrato.
Agora quero deixar uma pergunta: será que as seguradoras conseguirão se manter só com carros importados?
Queridas, mandem suas experiências com seguro (todos tipos) no meu e-mail. Se as histórias forem boas publicarei na próxima semana (trocarei nomes e lugares para garantir sua privacidade).
Beijocas.
Algumas definições:
- Franquia = parcela relativa às despesas que, em contratos de seguro de automóveis, deve ser paga pelo próprio segurado (em caso de acidentes);
- Apólice = documento de contrato de seguro;
- Prêmio = preço pago pelo seguro que se contratou; quantia paga para que a operadora de seguros cubra um risco, sendo o valor recebido proporcional ao risco que se pretende salvaguardar;
- Oficina credenciada = oficinas particulares e concessionárias que, através de contrato, prestam serviços à seguradora.